sábado, 4 de setembro de 2010

Enquanto você dorme...


Iraniana é condenada a 99 chibatadas.


Não estamos falando da época Antes de Cristo muito menos da escravidão no Brasil.
Essa notícia é de hoje. Nessa era global, entre tanta tecnologia, cultura, internet em altíssima velocidade no Irã uma mulher pode ser torturada até a morte.


Ler essa notícia foi como receber um soco no estômago.
Aquele soco que você perde o ar de tamanha dor e não pode fazer nada a não ser voltar a respirar lentamente esperando que a dor passe.



Sakineh Mohamadi Ashtian é seu nome.

"A jornalista francoirananiana Armin Arefi conversou por telefone com Sajjad Mohamadi Ashtiani, filho da iraniana de 43 anos, e ele afirmou que Sakineh Ashtiani foi condenada a 99 chicotadas por ter "propagado a corrupção e a indecência", depois que teve uma fotografia publicada em um jornal britânico."

Além de triste essa notícia é de longe assustadora.
Em pleno século XXI existe pena de chibatada, apedrejamento.

Parece um mundo paralelo ao nosso.
Distante. Mas não é.
O Brasil fechou um acordo nuclear com o Irã que pode render cerca de 10 bilhões.
Enquanto aqui uma jovem é ridicularizada na faculdade pelo seu modo de vestir, no Irã uma mulher, mãe, pode morrer por algo muito distante dos nossos costumes : Véu.

Aqui em nosso país uma mãe, uma criança de 12 anos e o médico que cuidou delas foram excumungados . A criança estuprada pelo padastro não tinha condições físicas (e psicológicas) para levar a diante uma gravidez. A justiça ordenou o aborto. O médico fez. A igreja abominou.
O padastro poderá entrar no "reino dos céus."

Certas coisas não fazem sentido.


Enquanto você dorme o mundo não pára de girar mas parece que o tempo estacionou em algumas regiões.

Devemos lutar por progresso.
Por liberdade, por respeito.

Se você puder mudar alguma coisa, mesmo que seja pequena, não deixe de fazê-lo.
Muitas mães e crianças poderão ser salvas no futuro.

Espero que essa condenação não vingue.
Seria muito triste, amargo e desalentador ver essa mãe morrer de forma tão cruel por algo tão fútil.


Katiusca.





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