quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Enem


Entao, depois de muito tempo vou falar do enem.

O Exame Nacional do Ensino Médio foi de longe uma merda.

Primeiro porque foi preciso passar pela prova de fogo que foi conseguir chegar ao local da prova.

Eu, por exemplo, moro centro e num dia normal demoraria 12 minutos até o local da prova.

Demorei 30 minutos.

Ou seja, depois de quase perder a prova voce quase perde a paciencia.

Tudo porque além dos gabaritos estarem invertidos houveram pessoas que , na prova amarela, tiveram a prova toda trocada.


Prova cansativa, demorada, longa e com muitos textos.

Além é claro de pouquissimo espaco e muito quimica.


Na prova de ciencias da natureza só caiu quimica e eu, bom eu me ferrei.


Mas nada que nao possa se revolver, porque eu gastei 1h e 30 min na redacao.

Se ela saiu perfeita ou nao vou saber dia 15 de janeiro de 2011. Assim espero!


No mais o Enem serviu para provar que o Brasil é sem duvida um exemplo em educaçao, exemplo da falta de educaçao e preparo dos estudantes, dos governantes , dos aplicadores, de naçao.


Geek ou Nerd - tanto faz


Geeks ou nerds, eles estao na moda.

Modinha que vai e vem, modinha facebook.

A modinha que funciona assim...

Estamos cansadas dos playboys, dos pit-boys dos homens que sao gostosos, musculosos, safados, loiros e burros. Nao necessarimente burros, mas burros suficientes para desprezar que uma mulher possa além de dar prazer sexual, dialogar.

Cansadas desses tipos de cara e vendo que nerds sao bem sucessidos, deslocados, bons pais de familia... dizer inteligente é até burrice da minha parte...

Sem enrolar a modinha se baseia nisso... Nao tem tu, vai tu mesmo.

Rafinha Bastos, Felipe Neto, Bruno Mazzeo, Marcelo Adnet, entre outros...

Nao sao necessariamente lindos, nao sao horriveis mas sao os mais queridinhos da atualidade.

Eles falam o que querem, sobre quem querem, da forma que querem.

Eles tem tatuagem, eles falam bobagem e usam óculos, escuros ou nao.


Gatinha da moda ou nao, sabemos muito bem que esses homens podem nao ter aquela pegada e nao ter aquele pau gostosinho, mas com certeza voce vai rir muito com ele, farao filhos lindos e nunca passarao fome.


E também sabemos que ha muitos homens atraentes e nerds, atraentes e com cérebro, basta ter paciencia.


Bjos

p.s. o teclado ta uma bosta, depois edito com acentos e pá.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Nosso Lar




Quando fui hoje ao cinema assistir Nosso lar, filme baseado no livro de Chico Xavier, não pensei que o público dominante seria de idosos.
Isso mesmo, não são senhoras, são idosos. Parecia que um ônibus do asilo nossa senhora das dores havia estacionado bem na porta do cinema.
Cerca de 7 idosos para 1 jovem .
Jovem: Pessoa com cerca de 20 a 40 anos.
Esqueçamos esse fator idade.
O filme não passa de uma lavagem cerebral.
Isso mesmo. Para quem não é espírita o filme é um saco.
Muita pureza, muito amor, muita compreensão.
Pessoas que mais parecem hippies no mundo espiritual.
Nada de novo, de interessante.
A linguagem é pesada e forçada.
Até a bondade é forçada.

Sou espírita e com todo respeito à obra de Chico Xavier vos digo: Não condiz com a realidade do livro.
O que eles chamam de Nosso Lar é um tédio.
Toca musica clássica na grama enquanto você toma sopa de vento.

Nada é falado sobre a doutrina espírita, talvez para não forçar a abordagem sobre o Kardecismo.

Atores sem talento e sem carisma.

Há emoções mas não mais nada.
Nada que faça a pessoa sair de lá acreditando mais ou menos.

Infelizmente é a indústria ganhando com a fé.
E a fé moldando idiotas.

sábado, 4 de setembro de 2010

Enquanto você dorme...


Iraniana é condenada a 99 chibatadas.


Não estamos falando da época Antes de Cristo muito menos da escravidão no Brasil.
Essa notícia é de hoje. Nessa era global, entre tanta tecnologia, cultura, internet em altíssima velocidade no Irã uma mulher pode ser torturada até a morte.


Ler essa notícia foi como receber um soco no estômago.
Aquele soco que você perde o ar de tamanha dor e não pode fazer nada a não ser voltar a respirar lentamente esperando que a dor passe.



Sakineh Mohamadi Ashtian é seu nome.

"A jornalista francoirananiana Armin Arefi conversou por telefone com Sajjad Mohamadi Ashtiani, filho da iraniana de 43 anos, e ele afirmou que Sakineh Ashtiani foi condenada a 99 chicotadas por ter "propagado a corrupção e a indecência", depois que teve uma fotografia publicada em um jornal britânico."

Além de triste essa notícia é de longe assustadora.
Em pleno século XXI existe pena de chibatada, apedrejamento.

Parece um mundo paralelo ao nosso.
Distante. Mas não é.
O Brasil fechou um acordo nuclear com o Irã que pode render cerca de 10 bilhões.
Enquanto aqui uma jovem é ridicularizada na faculdade pelo seu modo de vestir, no Irã uma mulher, mãe, pode morrer por algo muito distante dos nossos costumes : Véu.

Aqui em nosso país uma mãe, uma criança de 12 anos e o médico que cuidou delas foram excumungados . A criança estuprada pelo padastro não tinha condições físicas (e psicológicas) para levar a diante uma gravidez. A justiça ordenou o aborto. O médico fez. A igreja abominou.
O padastro poderá entrar no "reino dos céus."

Certas coisas não fazem sentido.


Enquanto você dorme o mundo não pára de girar mas parece que o tempo estacionou em algumas regiões.

Devemos lutar por progresso.
Por liberdade, por respeito.

Se você puder mudar alguma coisa, mesmo que seja pequena, não deixe de fazê-lo.
Muitas mães e crianças poderão ser salvas no futuro.

Espero que essa condenação não vingue.
Seria muito triste, amargo e desalentador ver essa mãe morrer de forma tão cruel por algo tão fútil.


Katiusca.





El hombre que asombra al mundo - El País


El presidente de Brasil se ha convertido en el líder

indiscutible de América Latina y una referencia para todos los

políticos. Brasil ha pagado este año toda su deuda, crece a buen

ritmo y se ha llevado los juegos 2016.

Por José Luis Rodríguez Zapatero

Este es un hombre cabal y tenaz, por el que siento una profunda admiración. Lo conocí en septiembre de 2004, tras la incorporación de España a la Alianza contra el Hambre que él lideraba, en una cumbre organizada por Naciones Unidas en Nueva York. No podía haber sido mejor la ocasión.

Luiz Inácio Lula da Silva es el séptimo de los ocho hijos de una pareja de labradores analfabetos, que vivieron el hambre y la miseria en la zona más pobre del estado brasileño nororiental de Pernambuco.

Tuvo que simultanear sus estudios con el desempeño de los más variopintos trabajos y se vio obligado a dejar la escuela, con tan solo 14 años, para trabajar en la planta de una empresa siderometalúrgica dedicada a la producción de tornillos. En 1968, en plena dictadura militar, dio un paso que marcó su vida: afiliarse al Sindicato de Metalúrgicos de Sao Bernardo do Campo y Diadema.

De la mano de este hombre, siguiendo el sendero abierto por su predecesor en la Presidencia, Fernando Henrique Cardoso, Brasil, en apenas 16 años, ha dejado de ser el país de un futuro que nunca llegaba para convertirse en una formidable realidad, con un brillante porvenir, y una proyección global y regional cada vez más relevante. Por fin, el mundo se ha dado cuenta de que Brasil es muchísimo más que carnaval, fútbol y playas. Es uno de los países emergentes que cuenta con una democracia consolidada, y está llamado a desempeñar en las décadas siguientes un creciente liderazgo político y económico en el mundo, tal y como ya viene haciendo en América Latina, con notable acierto.

Lula tiene el inmenso mérito de haber unido a la sociedad brasileña en torno a una reforma tan ambiciosa como tranquila. Está sabiendo, sobre todo, afrontar, con determinación y eficacia, los retos de la desigualdad, la pobreza y la violencia, que tanto han lastrado la historia reciente del país. Como consecuencia de ello, su liderazgo goza hoy en Brasil del respaldo y del aprecio mayoritarios, pero mucho más importante aún es la irreversible aceptación social de que todos los brasileños tienen derecho a la dignidad y la autoestima, por medio del trabajo, la educación y la salud.

Superando adversidades de todo orden, Lula ha recorrido con éxito ese largo y difícil camino, que va desde el interés particular, en defensa de los derechos sindicales de los trabajadores, al interés general del país más poblado y extenso del continente suramericano. Sin dejar de ser Lula, en esa larga marcha ha conseguido, además, ilusionar a muchos millones de sus conciudadanos, en especial aquellos más humillados y ofendidos por el azote secular de la miseria, proporcionándoles los medios materiales para empezar a escapar de las secuelas de ese círculo vicioso.

Al mismo tiempo, en los siete años de su presidencia, Brasil se ha ganado la confianza de los mercados financieros internacionales, que valoran la solvencia de su gestión, la capacidad creciente de atraer inversiones directas, como las efectuadas por varias compañías españolas, y el rigor con que ha gestionado las cuentas públicas. El resultado es una economía que crece a un ritmo del 5% anual, que ha resistido los embates de la recesión mundial y está saliendo más fortalecida de la crisis.

Tras convertirse en el presidente que accedía al cargo con un mayor respaldo electoral, en su cuarto intento por lograrlo, Lula manifestó que es inaceptable un orden económico en el que pocos pueden comer cinco veces al día y muchos quedan sin saber si lograrán comer al menos una. Y apostilló, “si al final de su mandato los brasileños pueden desayunar, almorzar y cenar cada día, entonces habré realizado la misión de mi vida”.

En ese empeño sigue este hombre honesto, integro, voluntarioso y admirable, convertido en una referencia inexcusable para la izquierda del continente americano al sur de Río Grande. Tiene una visión del socialismo democrático que pone el acento en la inclusión social y en la justicia medioambiental para hacer posible una sociedad más justa, decente, fraterna y solidaria.

Brasil ocupará pronto un lugar en el Consejo de Seguridad de Naciones Unidas, está a punto de convertirse en toda una potencia energética y en 2014 albergará el Campeonato Mundial de Fútbol. La última vez que nos vimos fue en Copenhague. Lula lloraba de felicidad, como un niño grande, porque Río de Janeiro acababa de ser elegida ciudad organizadora de los Juegos Olímpicos de 2016. La euforia que le inundaba no le impidió tener el temple necesario para venir a consolarme porque Madrid no había sido elegida y fundirnos en un abrazo.

A mí no me extraña nada que este hombre asombre al mundo.

José Luis Rodríguez Zapatero es presidente del Gobierno español. Fotografía de Alex Majoli

Icono nacional

Por Julio María Sanguinetti

Brasil ha sido históricamente formado y conducido desde una lúcida élite, primero portuguesa, que logra mantener unido su vasto territorio en el momento de la independencia, y más tarde brasileña, que gobernó los últimos 200 años. A ella pertenecen aún los gobernantes más populares como Getulio Vargas, Juscelino Kubitschek o Fernando Henrique Cardoso. El primero ajeno a esos núcleos de poder económico o intelectual es el presidente Lula, quien –al tener éxito en su gestión– termina transformándose en un icono nacional, como lo es Pelé en el deporte. Su figura trasciende el debate y la competencia política; se ubica más allá de la coyuntura.

El concepto anterior no arrastra un juicio tan laudatorio para con su Gobierno. No hay duda de que Brasil ha crecido y ha mejorado sus indicadores básicos. Del mismo modo, el mundo entero considera a Brasil el referente latinoamericano por excelencia, y en ello el aporte presidencial ha sido decisivo. Sin embargo, no puede ignorarse el nivel de desigualdad social persistente, las vastas zonas de marginación y violencia que afectan sus grandes ciudades o el insuficiente rendimiento de su sistema educativo. Hay mejoras, pero no en el nivel deseable tras los cinco años fabulosos del comercio internacional (2003-2008). Ni aun la corrupción administrativa podría afirmarse que haya disminuido de verdad.

La cuestión es que Lula trasciende esas discusiones. Está más allá de ellas. Lo negativo ni le roza. En cambio, su presencia le ha dado optimismo al país, le ha fortalecido en la convicción de que ya no es el siempre prometido “país del futuro”, sino una gran potencia del hoy. Este obrero metalúrgico paulista venido del pobre y lejano noreste ha marcado un antes y un después.

Cualquiera que sea su futuro, ya ha hecho historia.

Julio María Sanguinetti fue presidente de la República de Uruguay.




Sinto muito se você caro leitor não entende espanhol.

Minha preguiça em traduzir hoje ultrapassa minha vontade de transmitir essa notícia.

Amanhã quem sabe...


Esse é o outro lado da moeda.

Cabe a você decidir qual lado vai querer.


Carta ao Presidente Lula

Recebi um e-mail e resolvi repassar;
É uma carta já conhecida pelos meios virtuais.
Não estou idolatrando ou criticando.
Só quero divulgar pois há pontos interessantes em diversos pontos de vista.

Analise, pense e reflita.


A CAMINHO DOS 99,9999995%

Há poucos dias, a imprensa anunciou amplamente que, segundo as últimas
pesquisas de opinião, Lula bateu de novo seus recordes anteriores de
popularidade e chegou a 84% de avaliação positiva. É, realmente, algo
"nunca antes visto nesse país" e eu fiquei me perguntando o que
poderemos esperar das próximas consultas populares.
Lembro-me de que quando Lula chegou aos 70% achei que ele jamais
bateria Hitler, a quem, em seu auge, a cultíssima Alemanha chegara a
conceder 82% de aprovação.
Mas eu estava enganado: nosso operário-presidente já deixou para trás
o psicopata de bigodinho e hoje só deve estar perdendo para Fidel
Castro e para aquele tiranete caricato da Coreia do Norte, cujo nome
jamais me interessei em guardar. Mas Lula tem uma vantagem sobre os
dois ditadores: aqui as pesquisas refletem verdadeiramente o que o
povo pensa, enquanto em Cuba e na Coreia do Norte as pesquisas de
opinião lembram o que se dizia dos plebiscitos portugueses durante a
ditadura lusitana: SIM, Salazar fica; NÃO, Salazar não sai; brancos e
nulos sendo contados a favor do governo.
Portanto, a popularidade de Lula ainda "tem espaço" para crescer, para
empregar essa expressão surrada e pedante, mas adorada pelos
economistas. E faltam apenas cerca de 16% para que Lula possa, com
suas habituais presunção e imodéstia, anunciar ao mundo que obteve a
unanimidade dos brasileiros em torno de seu nome, superando até Jesus
Cristo ou outras celebridades menores que jamais conseguiram livrar-se
de alguma oposição...
Sim, faltam apenas 16% mas eu tenho uma péssima notícia a dar a seu
hipertrofiado ego: pode tirar o cavalinho da chuva, cumpanhero, porque
de 99,9999995% você não passa.

Como você não é muito chegado em Aritmética, explico melhor: o Brasil
tem 200.000.000 de habitantes, um dos quais sou eu. Represento,
portanto, 1 em 200.000.000, ou seja, 0,0000005% enquanto os demais
brasileiros totalizam os restantes 99,9999995%. Esses, talvez, você
possa conquistar, em todo ou em parte. Mas meus humildes 0,0000005%
você jamais terá porque não há força neste ou em outros mundos, nem
todo o dinheiro com que você tem comprado votos e apoios nos aterros
sanitários da política brasileira, não há, repito, força capaz de
mudar minha convicção de que você foi o pior dentre todos os
presidentes que tive a infelicidade de ver comandando o Brasil em meus
65 anos de vida.
E minha convicção fundamenta-se em um fato simples: desde minha
adolescência, quando comecei a me dar conta das desgraças brasileiras
e a identificar suas causas, convenci-me de que na raiz de tudo está a
mentalidade dominante no Brasil, essa mentalidade...
dos que valorizam a esperteza e o sucesso a qualquer custo;
dos que detestam o trabalho e o estudo;
dos que buscam o acesso ao patrimônio público para proveito pessoal;
dos que almejam os cabides de emprego e os cargos fantasmas;
dos que criam infindáveis dinastias nepotistas nos órgãos públicos;
dos que desprezam a justiça desde que a injustiça lhes seja vantajosa;
dos que só reclamam dos privilégios por não estar incluídos entre os
> privilegiados;
dos que enriquecem através dos negócios sujos com o Estado;
dos que vendem seus votos por uma camiseta, um sanduíche ou, como
agora, uma bolsa família;
dos que são incapazes de discernir, comover-se e indignar-se diante de
infâmias.
Pense a maioria o que quiser, diga a maioria o que disser, não mudarei
minha convicção de que este País só deixará de ser o que é - uma terra
onde as riquezas produzidas pelo suor da parte honesta e trabalhadora
é saqueada pelos parasitas do Estado e pelos ladrões privados
eternamente impunes - quando a mentalidade da população e de seus
representantes for profundamente mudada.
> Mudada pela educação, pela perseverança, pela punição aos maus, pela
recompensa aos bons, pelo exemplo dos governantes.
E você Lula, teve uma oportunidade única de dar início à mudança dessa
mentalidade.
Você teve a oportunidade de tornar-se nossa tão esperada âncora moral,
esta sim, nunca antes vista nesse País.
Mas não, você preferiu o caminho mais fácil e batido das práticas
populistas e coronelistas de sempre, da compra de tudo e de todos.
Infelizmente para o Brasil você estava certo: para que se esforçar,
escorado apenas em princípios de decência, se muito mais rápido e
eficiente é comprar o que for necessário, nessa terra onde quase tudo
está à venda?
Eu não o considero inteligente, no nobre sentido da palavra, porque
uma pessoa verdadeiramente inteligente, depois de chegar aonde você
chegou, partindo de onde você partiu, não chafurdaria nesse lamaçal em
que você e sua malta alegremente surfam. Mas reconheço em você uma
esperteza excepcional: nunca antes nesse País um presidente explorou
tão bem, em proveito próprio e de seu bando, as piores qualidades da
massa brasileira e de seus representantes.
Esse é seu legado maior: o de haver escancarado a lúgubre realidade de
que o Brasil continua o mesmo que Darwin encontrou quando passou por
essas plagas em 1832 e anotou em seu diário: "Aqui todos são
subornáveis".
Você destruiu as ilusões de quem achava que havíamos evoluído em nossa
mentalidade e matou as esperanças dos que ainda acreditavam poder ver
um Brasil decente antes de morrer.
Você não inventou a corrupção brasileira, mas fez dela um maquiavélico
instrumento de poder.
Você é o sonho de consumo da banda podre desse País, o exemplo que os
funcionários corruptos do Brasil sempre esperaram para poder dar, sem
temores, plena vazão a seus instintos.
Você faz da mentira e da demagogia seu principal veículo de
comunicação com a massa.
A propósito, o que é que você sente, todos os dias, ao olhar-se no
espelho e lembrar-se do que diz nos palanques?
Você sente orgulho em subestimar a inteligência da maioria e ver que
vale a pena?
Você mentiu quando disse haver recebido como herança maldita a
política econômica de seu antecessor.
Você mentiu ao dizer que não sabia do Mensalão
Mentiu quando disse que seu filho enriqueceu através do trabalho
Mentiu sobre os milhões que a Ong 13, de sua filha, recebeu sem prestar contas
Mentiu ao afastar Dirceu, Palocci, Gushiken e outros cumpanheros pegos
em flagrante
Mente quando, para cada platéia, fala coisas diferentes, escolhidas
sob medida para agradá-las
Mentiu, mente e mentirá em qualquer situação que lhe convenha.
Você não moveu uma palha, em seis anos de presidência, para modificar
as leis odiosas que protegem criminosos de todos os tipos neste País
sedento de Justiça e encharcado pelas lágrimas dos familiares de
tantas vítimas.
Jamais sua base no Congresso preocupou-se em fechar ao menos as mais
gritantes brechas legais pelas quais os criminosos endinheirados
conseguem sempre permanecer impunes, rindo-se de todos nós.
Ao contrário, o Supremo, onde você tem grande influência, por haver
indicado um bom número de Ministros, acaba de julgar que mesmo os
condenados em segunda instância podem permanecer em liberdade, até que
todas as apelações, recursos e embargos sejam julgados, o que, no
Brasil, leva décadas.
Isso significa, em poucas palavras, que os criminosos com dinheiro
suficiente para pagar os famosos e caros criminalistas brasileiros
podem dormir sossegados, porque jamais irão para a cadeia.
Estivesse o Supremo julgando algo que interessasse a seu grupo ou a
suas inclinações ideológicas, certamente você teria se empenhado de
corpo e alma.
Aliás, Lula, você nunca teve ideais, apenas ambições.
Você jamais foi inspirado por qualquer anseio de Justiça. Todas as
suas ações, ao longo da vida, foram motivadas por rancores, invejas,
sede pessoal de poder e irrefreável necessidade de ser adorado e ter
seu ego adulado.
Você tem dividido a nação, jogando regiões contra regiões, classes
contra classes e raças contra raças, para tirar proveito das
desavenças que fomenta.
Aliás, se você estivesse realmente interessado, em dar aos pobres,
negros e outros excluídos as mesmas oportunidades que têm os filhos
dos ricos, teria se empenhado a fundo na melhoria da saúde e do ensino
públicos.
Mas você, no íntimo, despreza o ensino, a educação e a cultura, porque
conseguiu tudo o que queria, mesmo sendo inculto e vulgar. Além disso,
melhorar a educação toma um tempo enorme e dá muito trabalho, não é
mesmo?
A Imprensa faz-lhe pouca oposição porque você a calou, manipulando as
verbas publicitárias, pressionando-a economicamente e perseguindo
jornalistas.
Você pode desdenhar tudo aquilo que aqui foi dito, como desdenha a
todos que não o bajulem.
Afinal, se você não é o maior estadista do planeta, se seu governo não
é maravilhoso, como explicar tamanha popularidade?
É fácil: políticos, sindicatos, imprensa, ONGs, movimentos sociais,
funcionários públicos, miseráveis, você comprou com dinheiro, bolsas,
cotas, cargos e medidas demagógicas.
Muita gente que trabalha, mas desconhece o que se passa nas entranhas
de seu governo, satisfez-se com o pouco mais de dinheiro que passou a
ganhar, em consequência do modesto crescimento econômico que foi
plantado anteriormente.
É esse, em síntese, o triste retrato do Brasil de hoje... E, como se
diz na França, "l´argent n´est tout que dans les siècles où les hommes
ne sont rien".
Gilberto Geraldo Garbi